terça-feira, 27 de junho de 2017

PARTICIPAÇÃO POLÍTICA DO ESPÍRITA



PARTICIPAÇÃO POLÍTICA
DO ESPÍRITA

“... Sirva de base às instituições sociais, às relações legais de povo a povo e de homem a homem o princípio da caridade e da fraternidade e cada um pensará menos na sua pessoa, assim veja que outros nela pensaram. Todos experimentarão a influência moralizadora do exemplo e do contato”(Questão nº 917 de O Livro dos Espíritos).


       Desta análise sintética dos princípios e fundamentos do Espiritismo, com base em O Livro dos Espíritos, e suas correlações com a Filosofia, Sociologia e Política e a visão de que o homem no mundo é “um ser social e conseqüentemente político’, concluímos:

1.    COMO O ESPÍRITA NÃO DEVE ATUAR NA POLÍTICA:

1.1         levar a política partidária para dentro do Centro, das Entidades ou do Movimento Espírita;
1.2        utilizar-se de médiuns e dirigentes espíritas para          apoiar políticos partidários candidatos a cargos eletivos aos Poderes Executivos e Legislativos;
1.3        catar votos para políticos que, às vezes, dão alguma “verbinha”para asilos, creches e hospitais, mas cuja conduta política não se afina com os princípios éticos ou morais do Espiritismo;
1.4        apoiar políticos que se dizem espíritas ou cristãos, mas aprovam as injustiças, as barganhas, a “politicagem” (usar a política partidária para interesses pessoais ou de grupos  a que se ligam);
1.5        participar da política partidária apenas por interesse pessoal, para melhorar a sua vida  e de sua família, divorciando em sua militância político-partidária dos princípios e normas da Filosofia Espírita.

2.    COMO O ESPÍRITA DEVE ATUAR NA POLÍTICA:
     
2.1.       o espírita pode e deve estudar e reflexionar sobre os princípios político-filosófico-espiritas no Centro Espírita, pois eles estão contidos em O Livro dos Espíritos,Parte Terceira, das Leis Morais;
2.2.       através da analise, do estudo e da reflexão das normas e princípios acima referidos, o espírita deve identificar o egoísmo, o orgulho e a injustiça nas instituições humanas, denunciando-as e agindo para que elas desapareçam da sociedade humana
2.3.       confrontar os fundamentos morais e objetivos do Espiritismo com os fundamentos morais e objetivos dos partidos políticos, verificando de forma coerente qual ou quais deve apoiar e até mesmo participar como membro atuante, se tiver vocação para tal;
2.4.       participar de organizações  e movimentos que propugnem pela Justiça, pelo Amor, pelo progresso intelectual, moral e físico das pessoas e aprimoramento da sociedade. Exemplo:clubes de serviços, sindicatos, associações de classes, diretórios acadêmicos, movimentos de respeito e defesa dos direitos humanos, etc.;
2.5.       fazer do voto um elevado testemunho de amor ao próximo;
Considerando que a sociedade, nos sistemas democráticos, é dirigida por políticos que saem das agremiações partidárias para comporem os poderes Legislativo e Executivo e suas ações podem ajudar ou atrasar a evolução intelecto-moral da humanidade, o voto consciente é uma forma de exprimir o amor ao próximo e à coletividade.
                        Deve, pois, analisar se a conduta do candidato político-partidário tem maior ou menor relação com os princípios morais e políticos (aspecto filosófico) do Espiritismo;
                       2.6. participar de agremiação partidária, se assim o desejar, sabendo, no entanto, da responsabilidade que assume nesse campo, já que sua militância deve sempre estar voltada para o interesse do ser humano, em seus aspectos social e espiritual.Para isso, sua ação política deverá estar em harmonia com os valores éticos(morais)do Espiritismo que,em última analise, são fundamentalmente os mesmos do Cristianismo;
                    2.7 participar conscientemente da ação política na sociedade, sem relegar o estudo e a reflexão do Espiritismo a plano secundário. Pelo contrário, o estudo e a reflexão dos temas espíritas deverão levá-lo a permanente participação, objetivando a aplicação concreta do Amor e da Justiça ao ser humano, seja individual ou coletivamente.

                                                           ***

Reflexão:
1.    A política partidária é importante para o regime democrático?
2.    O espírita deve ter “consciência política” para, como cidadão, atuar na sociedade visando o seu aprimoramento?
3.    Os conceitos espíritas esclarecem e orientam a pessoa para a participação consciente como cidadão?
4.    Você está consciente, como membro da sociedade da sua condição de “ser político”?
5.    Você está consciente da sua capacidade amar a coletividade através do exercício do ato responsável de “votar”. In Espiritismo e Política - Editora FEB

quinta-feira, 8 de junho de 2017

O ANALFABETO POLÍTICO E TEXTO ESPÍRITA



O ANALFABETO POLÍTICO E TEXTO ESPÍRITA - IEPEAS


“ EM QUE CONSISTE A MISSÃO DOS ESPÍRITOS ENCARNADOS?
-         EM INSTRUIR OS HOMENS, EM LHES AUXILIAR O PROGRESSO; EM
LHES MELHORAR AS INSTITUIÇÕES, POR MEIOS DIRETOS E MATERIAIS “ (Questão nº 573 de O Livro dos Espíritos )

“ PORQUE, NO MUNDO, TÃO AMIÚDE, A INFLUÊNCIA DOS MAUS SOBREPUJA A DOS BONS?
- POR FRAQUEZA DESTES. OS MAUS SÃO INTRIGANTES E AUDACIOSOS, OS BONS SÃO TÍMIDOS, QUANDO ESTES O QUISEREM, PREPONDERARÃO.” ( Questão nº 932 de O Livro dos Espíritos )

O ANALFABETO POLÍTICO


O PIOR ANALFABETO É O ANALFABETO POLÍTICO
ELE NÃO OUVE, NÃO FALA,
NÃO PARTICIPA DOS ACONTECIMENTOS POLÍTICOS.

ELE NÃO SABE QUE O CUSTO DE VIDA,
O PREÇO DO FEIJÃO, DO PEIXE,
DA FARINHA, DO ALUGUEL,
DO SAPATO E DO REMÉDIO
DEPENDEM DAS DECISÕES POLÍTICAS.

O ANALFABETO POLÍTICO É TÃO INGÊNUO,
QUE SE ORGULHA E ESTUFA O PEITO,
DIZENDO QUE ODEIA A POLÍTICA.

NÃO SABE QUE DE SUA IGNORÂNCIA POLÍTICA
NASCEM A PROSTITUTA,
O MENOR ABANDONADO,
O ASSALTANTE.

E O PIOR DE TODOS OS BANDIDOS,
QUE É O POLÍTICO VIGARISTA, DESONESTO,
CORRUPTO E EXPLORADOR
E LACAIO DAS EMPRESAS NACIONAIS E MULTINACIONAIS
.

         BERTOLD BRECHT

         Autor de teatro alemão
         (1898 – 1956)
( ESCOLHA DOS TEXTOS: AYLTON PAIVA- paiva.aylton@terra.com.br )

terça-feira, 6 de junho de 2017

AS CONVULSÕES SOCIAIS



               
              
  O mundo vive situação crítica, com confrontos por toda parte.
                Além das guerras no oriente, ações terroristas, demonstração de armamentos letais entre os Estados Unidos da América do Norte e a Coréia do Norte, a fome e a miséria campeiam em países pobres como, também, na periferia dos países do chamado primeiro mundo.
                A sociedade brasileira tem sido sacudida por escândalos de desvios milionários de verbas públicas, concorrências fraudadas e superfaturamento em licitações para obras públicas, corrupção ativa e passiva de agentes públicos e grandes empresas.
                O noticiário na mídia denunciando tais desvios na monta de bilhões, milhões de dólares envolvendo agentes públicos dos poderes: Legislativo, Executivo e grandes empresas chegam a ser assustador.
                Por outro lado reportagens nos canais de televisão mostram a carência de recursos públicos nas áreas da saúde, da educação e da segurança.
                Hospitais mal equipados, com falta de aparelhagem necessária ou instrumentos parados por falta de conserto, falta  de recursos para aquisição de remédios e procedimentos médicos em quantidade e qualidade para atender os cidadãos.
                Cadeias, presídios e penitenciarias insuficientes no atendimento minimamente humano no atendimento às suas populações, com lotações muito além do legalmente permitido em que as pessoas, ainda que infratores, têm tratamento inferior ao de muitos animais chamados irracionais. Se a pena não é um castigo do Estado, nem pode sê-lo, o processo de reeducação e ressocialização desses detidos é totalmente inexistente. São tratados pior que feras, e como feras agirão, quando novamente, puderem retornar à sociedade.
                Estados e Prefeituras “falidos” por malversação  da receita pública e desvios criminosos de recursos existentes para o atendimento dos cidadãos nas referidas áreas administrativas.
                É um panorama tenebroso.
                As pessoas atônitas, em sua análise, se estendem ideologicamente da extrema direita à extrema esquerda, gerando conflitos de relacionamento, chegando âmbito da própria família.
                Na apreciação adequada desse panorama é necessário ter valores éticos e consciência política bem definidos e, sobretudo, o suporte de valores cristãos.
                Os espíritas têm diretrizes precisas para a compreensão dos momentos difíceis que a sociedade brasileira e o mundo estão atravessando.
                Quanto à situação mundial sabemos que a humanidade está em fase de transição para o mundo de Regeneração.
                Observemos o esclarecimento de Allan Kardec em A Gênese:  “ A humanidade progride, por meio dos indivíduos que pouco a  pouco se melhoram e instruem. Quando estes preponderam pelo número, tomam a dianteira e arrastam os outros. De tempo a tempos, surgem no seio dela homens de gênio que lhe dão impulso, vêm depois, como instrumentos de Deus, os que têm autoridade e, nalguns anos, fazem-na adiantar de muitos séculos.” ( Comentário de Allan Kardec à questão nº 789 de O Livro dos Espíritos.”)
                Há que se entender, então, que o progresso é da própria condição humana, por isso o homem  não pode opor-se-lhe. A ignorância e a maldade e até mesmo leis injustas, podem retardar seu desenvolvimento, mas não anulá-lo.
                Quando instituições e leis se tornam incompatíveis com ele, a própria evolução geral se incumbe de aniquilar tais organizações e revogar ordenamentos anacrônicos.
                A voz da Espiritualidade Superior esclarece e consola: “ O século XX surgiu no horizonte do globo, qual arena ampla de lutas renovadoras. As teorias sociais continuam seu caminho, tocando muitas vezes a curva tenebrosa dos extremismo, mas as revelações do além-túmulo descem às almas, como orvalho imaterial, preludiando a paz e a luz de uma nova era.
                Numerosas transformações são aguardadas e o Espiritismo esclarece os corações, renovando a personalidade espiritual das criaturas para o futuro que se aproxima. (A Caminho da Luz, Emmanuel/F.C.Xavier, pags.207/208, ed. FEB,15ª edição.)
                Estamos em um momento de intensa alfabetização política e nesse processo o espírita conta a iluminação espiritual que emerge de As Leis Morais de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, especialmente: Da Lei de Sociedade, Da Lei do Progresso, Da Lei de Igualdade, Da Lei
de Liberdade, Da Lei de Justiça, de Amor e de Caridade.
                Esse o nosso roteiro iluminador para mais serena, tranqüila e otimista visão nessa surpreendente e dolorosa quadra de vida que coletivamente estamos vivendo.