OS ESPÍRITAS, A
CIDADANIA E A ELEIÇÃO
Aylton
Paiva paiva.aylton@terra.com.br
Observamos
Os espíritas têm um
compromisso intransferível com a reforma íntima: “Reconhece-se o verdadeiro
espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar
suas más inclinações”.( Cap. XVII, item 4, “in fine” de O Evangelho
Segundo o Espiritismo, Allan Kardec ) Mas, esse aperfeiçoamento pessoal deve
refletir-se em nossa atuação consciente para transformar a sociedade em uma
sociedade justa e amorosa, pois advertem os Espíritos: “Numa sociedade
organizada segundo as leis do Cristo, ninguém deve morrer de fome” e adita
Allan Kardec: “... Quando praticar ( o homem)
a Lei de Deus, terá uma ordem social fundada na justiça e na
solidariedade e ele próprio será melhor”.( Questão 930 de O Livro dos
Espíritos )
Também no livro A Gênese, de
Allan Kardec, encontramos o esclarecimento: “O Espiritismo não cria a renovação
social: a madureza da humanidade é que fará dessa renovação uma necessidade.
Pelo seu poder moralizador, por suas tendências progressistas, pela amplitude de
vistas, pela generalidade das questões que abrange, o Espiritismo é mais apto do que qualquer outra doutrina para secundar o
movimento de regeneração; por isso, é ele contemporâneo desse movimento.
Surgiu na hora em que podia ser de utilidade, visto que também para ele os
tempos são chegados”.( in A Gênese, de Allan Kardec – ed. FEB ).
Destaca-se, então, o compromisso do espírita com uma nova ordem social,
fundada no Direito e no Amor. Obviamente, essa transformação dependerá da ação
consciente dos bons e ao lado deles, os espíritas atuando com uma
“consciência política “,
fundamentada nos princípios éticos das Leis Morais de O Livro dos Espíritos.
Observando a ousadia da
maldade e a confusão entre bondade e omissão, Allan Kardec indagou aos
Espíritos: “Porque, no mundo, tão amiúde, a influência dos maus sobrepuja a
dos bons?”.
- Por fraqueza destes. Os
maus são intrigantes e audaciosos, os bons são tímidos. Quando estes o
quiserem, preponderarão. ”( Questão 932 de O Livro dos Espíritos – Ed. FEB )
A resposta é clara e
precisa, não permite dúvidas àqueles que pretendem ser bons.
O mundo e, especificamente,
a estrutura social brasileira, está precisando de transformações urgentes para
coibir a ação dos maus que solapam os bons costumes, que semeiam a miséria, que
se utilizam dos instrumentos da corrupção, da fraude e da mentira para
atingirem seus objetivos egoísticos e antiéticos.
Em breve seremos chamados às urnas. O espírita
precisa estar consciente da sua responsabilidade nesse momento, seja pleiteando
cargos eletivos, seja simplesmente sinalizando o seu voto na urna.
O voto é uma procuração que
se passa ao candidato para que, se eleito, ele aja em nosso nome a bem da
coletividade. É a maior manifestação de amor e respeito ao povo.
Não votar, anular o voto,
omitir-se é apoiar as forças do mal, é permitir que maus sobrepujem os bons.
Não se deve levar as
questões político-partidárias para dentro do Centro ou Instituição Espírita.
Estas devem ser debatidas no seio da sociedade, mas o espírita deve estar consciente
e responsável nas aplicações dessas questões, visando sempre o bem comum.
Ao escolher o candidato em
que você votará, análise o que ele já fez em benefício da coletividade, qual o
seu engajamento com a sociedade, se ele é ético com a família e em sua
atividade profissional.
Teremos então o seu perfil
quanto à dedicação ao bem comum, sua integração com a família, sua
responsabilidade e honestidade.
Importante analisar o que o
candidato diz que vai fazer, se eleito, porém é indispensável saber o que ele já fez.
Vote consciente. VOTE COM
AMOR!